domingo, 22 de março de 2009

Dificuldades que os Deficientes encontram na Arquitectura

A Diana, portadora de artrite reumatóide, que se desloca de cadeira de rodas eléctrica, foi fazer um passeio pela cidade de Braga para constatarmos até que ponto o centro da cidade está preparado para receber pessoas com deficiência motora ou incapacidade física.


O passeio começou com a ida a um café, onde existia uma degrau suficientemente alto, tal que a Diana, mesmo com a ajuda do “trepa passeios”(pequena alavanca que ajuda a subir passeios) não conseguiu ultrapassá-lo. Seguidamente a uma farmácia, novamente com um degrau mas neste caso ainda mais grave e para o tipo de equipamento que é, dado ser um local onde por vezes são dos poucos que estão abertos para emergências e compra de medicamentos, onde a largura da porta não é suficiente para passar uma cadeira de rodas! Íncrivel! A seguir dirigiu-se a uma loja de vestuário, mais uma vez não existe rampa, ou melhor existir existe, mas a Diana tem de pedir para a porem, porque de resto elas só lá são postas para efectuarem cargas e descargas de objectos…Muito triste mesmo…


E quanto a todas as rampas que são feitas, muitas delas sem nexo, dando ideia que foram feitas só mesmo para “Inglês ver”…mas para pessoas como a Diana fazem tanta falta…Onde até muitas das vezes são de tão elevada inclinação que nem mesmo com a força de braços é possível subi-las! Onde está o respeito? O bom senso? Como é possível a Vídeoteca municipal ter na sua entrada degraus e nenhuma rampa ou algo para os deficientes motores poderem entrar? Será que locais de lazer e cultura são só para as pessoas ditas “normais”?… E as caixas de multibanco, que para pessoas que andam numa cadeira de rodas parecem gigantes e impossíveis de alcançar….Os centros comerciais onde não há espaço nos elevadores…nas casas de banho…Será que ninguém conseguiu pensar nisso?…


Para finalizar, no Theatro Circo, recentemente renovado, mas onde mais uma vez não houve qualquer tipo de preocupação com pessoas como a Diana, a Diana consegue sim entrar numa porta lateral do Theatro Circo, porta essa que está com um cadeado! Será possível? Idêntica situação acontece nos Correios (degraus na entrada principal) onde a Diana se quiser ir ao balcão dos correios tem que se deslocar a uma porta lateral, junto à garagem, tocar á campainha….E esperar que alguém lhe abra a porta?…Mas será que a Diana não pode entrar pela porta que toda a gente entra? Não será isto discriminação?
Todos estes exemplos, reflectem o que se passa na cidade de Braga e acreditamos que nas outras cidades portuguesas também, onde é por demais evidente que as cidades não estão preparadas terem deficientes motores a circularem nelas…


É hora de autarcas…arquitectos…a sociedade em geral…pensarem e agir de modo a que todos tenhamos direito à igualdade…


1 comentário:

Anónimo disse...

Excellent write-up. I certainly love this site.

Keep writing!

Also visit my blog post; ford ranger forum