terça-feira, 3 de março de 2009

Tecnologia nas pessoas com deficiência

Historicamente podem ser reconhecidos quatro etapas relativamente ás pessoas portadoras de deficiências. A primeira, na era pré-cristã, tendia-se a negligenciar e a maltratar os deficientes. Numa segunda etapa, com a difusão do cristianismo, passou-se a protegê-los e compadecer-se deles. Num terceiro período, nos séculos XVIII e XIX, foram fundadas instituições para oferecer-lhes uma educação a parte. Finalmente, na última parte do XX, observa-se um movimento que tende a aceitar as pessoas deficientes e a integra-las, tanto quanto possível.

No decorrer do século XX, a expansão da educação especial foi assumindo proporções cada vez maiores, que se encaminharam no sentido da sua integração como um subsistema significativo dentro do sistema educacional. Surgem instituições de deficientes, legislações específicas e movimentos para promover o bem-estar das pessoas com deficiências.

Neste contexto, começam a surgir equipamentos direccionados a pessoas deficientes, visando diminuir as suas dificuldades e dando-lhes oportunidades de participar de forma efectiva, no esforço comum de progresso e desenvolvimento humano, numa tentativa de aproveitar nesses indivíduos, as potencialidades de que dispõem. Por exemplo, o uso do computador é uma óptima solução à realização de testes cognitivos em pessoas deficientes, que tem dificuldades para realizar testes cognitivos comuns. Para se poder analisar propriamente a capacidade cognitiva de um deficiente físico, é necessário fazer adaptações que são muito mais simples com o uso de ferramentas electrónicas.

O computador também se torna uma grande ferramenta no auxílio do tratamento e reabilitação de deficientes, principalmente no acompanhamento de sua progressão cognitiva, e em testes de reflexos e associativos. Com a evolução da informática, a acessibilidade ampliou-se, pessoas antes totalmente excluídas, agora ocupam um lugar na sociedade. Pesquisas na área pedagógica aliada a programas especiais e a legislações permitem o ingresso, antes inacessível, de deficientes no mercado de trabalho, ao lazer e várias outras actividades.

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Sistemas de Auxílio ao Deficiente Auditivos


A linguagem Logo bem como a própria metodologia do seu uso passaram por modificações e adaptações, acompanhando assim o desenvolvimento pedagógico e computacional por que vimos passando nos últimos anos.

Quando foi desenvolvida, foi considerada bastante arrojada, colocando à disposição dos alunos recursos gráficos pouco comuns e usados quase que exclusivamente no meio computacional.
Hoje em dia, com a disseminação dos recursos visuais e gráficos, presentes em praticamente todos os softwares, o grafismo deixou de ser a inovação do Logo. Entretanto, a metodologia de uso desta linguagem e a proposta pedagógica que a partir dela é possível implementar ainda são consideradas bastante revolucionárias e inovadoras, a ponto de serem consideradas um grande desafio, mesmo para aquelas escolas pedagogicamente mais avançadas.

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Sistemas de Auxílio ao Deficiente Motor


Algumas das maneiras utilizadas para adaptar o computador para a realidade do deficiente físico é através do uso de teclados especiais ou especialmente configurados, de forma a receberem melhor a entrada de pessoas com problemas motores. Porém, usuários com deficiências físicas não precisam necessariamente de adaptações especiais de hardware para poder utilizar um computador. Mesmo os que não possuem o movimento dos braços e pernas, ainda podem utilizar um teclado normal fazendo uso de uma varinha que controlam com a boca, ou então desenvolvendo, pela necessidade, alguma solução alternativa que, quando tem sucesso, acaba chegando ao uso comum.



  • Easy Access


Usuários com deficiências cognitivas diversas também podem ter problemas ao utilizar o teclado. Se sua coordenação motora não for boa, um teclado muito sensível pode ser simplesmente impossível de se utilizar. Vários tipos diferentes de hardware são desenvolvidos para atender às mais diferentes formas de deficiências físicas e motoras.
Além disso, existem também algumas soluções já implementadas nos sistemas operacionais de hoje que auxiliam no tratamento dessas dificuldades. Um exemplo é a funcionalidade Easy Acces, que possibilita alterações na sensibilidade do teclado, formas alternativas para combinações de teclas e ainda uma alternativa ao uso do rato.

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Sistemas de Auxílio ao Deficiente Visual

  • Sistema DOSVOX


Sistema para microcomputadores da linha PC que comunica com o usuário através de voz, viabilizando, deste modo, o uso de computadores por deficientes visuais, adquirindo, assim, um alto nível de independência no estudo e no trabalho. O sistema conversa com o deficiente visual em Português.


  • Ampliação de Imagens (Close View)
Muitos deficientes visuais não têm uma deficiência total de visão. Eles ainda conseguem enxergar de forma bastante limitada, o que impossibilita a utilização de um monitor de computador em condições normais. Esse problema pode ser resolvido se partes do que aparece no monitor puderem ser ampliadas a um ponto tal que o deficiente consiga visualizar o que deseja.
Uma implementação bastante simples e elegante desta solução pode ser encontrada no programa Close View.



  • Reconhecimento de Voz (Plain Talk)
Mais que um mero sonho ou alternativa futurista para interacção com um computador, o reconhecimento de voz é uma funcionalidade fundamental para que pessoas com deficiência visual possam utilizar a Internet. Pode-se ter uma boa ideia do actual estado das tecnologias de reconhecimento e sintetização de voz ao se utilizar o Plain Talk, programa que pode ser activado por uma tecla ou combinação de teclas, ou ainda, ser mantido ligado em tempo integral.

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Notícias

Linguagem de sinais, textos falados ou avisos sonoros. Estes são alguns detalhes que auxiliam a vida de muitas pessoas. Principalmente a dos portadores de necessidades especiais, quando precisam lidar com computadores. Todos os recursos que contribuem para proporcionar vida independente aos deficientes são denominados tecnologias assistidas.

Música por deficientes
Do simples balançar do corpo ou do movimento vertical de um braço podem sair sons. Com a ajuda de sensores, computadores e outras tecnologias, jovens pertencentes a quatro associações partilharam o mesmo palco no espectáculo "INtermezzo", que ontem fechou, na Casa da Música (Porto), uma semana temática em que os deficientes foram protagonistas. Para mostrar que a composição e a interpretação musicais são possíveis mesmo para quem tem dificuldades específicas, a iniciativa não podia ter outro nome "Ao alcance de todos".

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"Projecto Estrela" leva novas tecnologias a seis mil deficientes
"Com esta parceria, inédita no nosso país, podemos contribuir para melhorar a qualidade de vida de seis mil jovens e crianças que vão beneficiar deste projecto". Foi desta forma que Miguel Horta e Costa, presidente executivo da Portugal Telecom (PT), caracterizou ontem, em Lisboa, o "Projecto Estrela", uma iniciativa que surgiu de uma parceria entre a Fundação PT e a Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral (APPC).
O projecto consiste numa rede nacional de apoio à educação com tecnologias aumentativas, as quais serão disponibilizadas pela PT e posteriormente distribuídas pelos 14 núcleos regionais da APPC. Na opinião de Paulo Garcês, representante da direcção de Info-exclusão e Necessidades Especiais da PT, "os computadores e todas as novas tecnologias são indispensáveis para combater a info-exclusão. É neste sentido que aparece o Projecto Estrela".

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Livros do futuro para fruir já hoje
A quem se destinam, afinal, os audiolivros? A tentação de eleger os leitores com necessidades especiais - invisuais, por exemplo - como o público-alvo por excelência até poderá ser grande, mas, para os responsáveis de duas das editoras portuguesas que comercializam estes títulos, a ideia não corresponde de todo à realidade.
Albertina Dias, da Solutions by Heart, editora que comercializa audiolivros com um livro impresso, revela que são "as pessoas mais actualizadas em termos de conhecimento das novas tecnologias que nos procuram mais".
Também a editora Boca, pela voz da sua responsável editorial, Oriana Alves, recusa a ideia de que apenas os deficientes visuais são os consumidores naturais deste género.

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Deficientes vão ter carros que dispensam condutor
Os deficientes motores internados no Hospital Rovisco Pais (HRP), na Tocha, vão usufruir de carros eléctricos que dispensam condutor para deslocações entre os pavilhões da instituição. O projecto é inédito e está a ser desenvolvido na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e no Instituto Pedro Nunes.
A sua pertinência decorre da distância que separa os pavilhões do HRP, que tem 144 hectares, e o tipo de doentes internados pessoas com défices extremos de locomoção, como paraplégicos, que percorrem quilómetro e meio entre os edifícios onde dormem e onde fazem reabilitação física.

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Metro vai inovar no apoio a deficientes
A empresa Metro Mondego está a estudar um sistema de informação que, recorrendo às novas tecnologias, facilite o acesso ao futuro metropolitano de Coimbra a utentes com necessidades especiais, sejam portadores de deficiência ou iletrados.
Partindo da avaliação das necessidades concretas dos futuros utentes, pretende-se desenvolver um sistema que "parta do particular para chegar ao universal", adaptando-se a um iletrado, a um deficiente visual, motor ou mental, para responder às expectativas de todos os utentes, disse ontem o administrador da empresa Guilherme Carreira, citado pela Lusa
A partir da Internet, o futuro utilizador poderá programar a sua viagem, o percurso, os "interfaces" com outros transportes, públicos ou privados, e os custos inerentes.
Durante a viagem, através de telemóvel e de outros sistemas introduzidos nos comboios, poderá saber, por exemplo, quantas paragens faltam para chegar ao destino pretendido, onde apanhar outro transporte, ou se há avarias ou estrangulamentos, explicou Paula Trigueiros.

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Diminuir os obstáculos que enfrentam as pessoas com deficiência

Hoje, o acesso à tecnologia e aos serviços com ela relacionados é desigualmente repartido. As pessoas com deficiências e os idosos correm mais riscos de serem esquecidos, sobretudo enquanto a população da Europa continua a envelhecer.
Em 2020, cerca de 30% da população da Europa terá mais de 60 anos. Segundo uma estimativa cautelosa, prevê-se também que o número de pessoas com deficiência passe da estimativa cautelosa de 11% para cerca de 18% em 2020, incrementando assim o potencial de discriminação à medida que a era digital avança.

  • Atenuar a fractura digital

Com o alargar desta chamada “fractura digital” – isto é, o fosso entre aqueles que podem e os não podem aceder e utilizar a tecnologia electrónica – é necessário ter em conta um certo número de desafios.

As novas tecnologias têm muitas vezes um preço demasiado alto para certos grupos que carecem de meios de acesso económicos ou práticos. As pessoas com deficiências físicas, sensoriais ou cognitivas podem ter dificuldade em entender e utilizar muitas soluções de alta tecnologia, nomeadamente de software e hardware, o que aumenta o problema da insuficiência de oportunidades de educação e de formação e dilata o fosso entre os que dispõem e os que não dispõem de qualificações em matéria de tecnologia da informação e de acesso à Internet.

A Comissão Europeia e outras organizações estão a envidar esforços para veicular a mensagem que ter uma deficiência ou ser idoso não deve constituir um obstáculo a uma vida independente e produtiva na sociedade. Os programas e campanhas de investigação, destinados a promover uma sociedade da informação para todos, inspiram-se em várias tendências na sociedade, nomeadamente: mobilidade demográfica, questões de direitos humanos, participação em vez de discriminação, tecnologias futuras e convergência, questões de sustentabilidade e tomadas de decisão multidimensionais.

Embora as pessoas com deficiência e os idosos sejam há muito tempo uma prioridade tanto a nível comunitário como nacional, ainda há muito por fazer para melhorar a sua qualidade global de vida. Com uma tecnologia cada vez mais aperfeiçoada, o objectivo consiste em garantir a sua aplicação por igual a todos os membros da sociedade.

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Uma mudança de tendência

Nos últimos 50 anos, os Europeus com deficiência e os idosos têm beneficiado de enormes progressos no domínio da ciência e da tecnologia. Em resposta à procura do mercado, foi desenvolvido equipamento especializado, muitas vezes por pequenas e médias empresas, para aliviar muitos dos problemas associados à deficiência funcional.

Mais recentemente, a investigação e o desenvolvimento tecnológico europeus das chamadas tecnologias “de assistência” tornaram-se num domínio claramente definido como tal. Atenta a este desenvolvimento esteve a “Iniciativa no domínio da tecnologia para deficientes e idosos” da União Europeia, que vigorou entre 1992 e 1994.

“Uma sociedade aberta e acessível a todos”

Esta é a estratégia da União Europeia subjacente à deficiência. Centra-se no incremento da cooperação entre a Comissão e os Estados-Membros, promovendo a participação plena das pessoas com deficiência e procurando encontrar meios para “integrar” a deficiência na formulação das políticas. Os regulamentos e as normas devem ser adaptados de forma a realizar este objectivo em todas as facetas da vida. O quadro regulamentar relativo às comunicações electrónicas é um exemplo importante da forma como a UE está a adaptar o seu quadro jurídico para englobar todos os cidadãos.


A nível político, o P-Q6 e o Espaço Europeu de Investigação atribuíram um valor significativo a várias iniciativas – e-Europa, e-Inclusão e e-Acessibilidade – onde o “e” realça a importância da tecnologia electrónica na abertura de oportunidades para deficientes e idosos.

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Tecnologias da IBM ajudam deficientes a navegar pela internet!

Framingham - Empresa apresenta programas e ferramentas que facilitam a experiência de usuários com dificuldades visuais ou motoras.

A IBM lançou na última semana mais de 20 novas tecnologias, incluindo diversas que tornam as aplicações dos computadores, de internet ou offline, mais acessíveis para portadores de necessidades especiais.

Uma delas, chamada Easy Web Browsing (algo como Navegação fácil pela internet, em português), ajuda idosos, pessoas com visão limitada e daltónicos ao ler textos em voz alta e ao permitir que usuários personalizem o tamanho e a cor de conteúdos de internet.O sistema permite que os internautas façam o download de uma ferramenta que substitui o navegador padrão.

Uma barra de tarefas no topo da tela permite que o usuário use o zoom, aumente o volume ou mude o contraste das cores. Além da opção de ouvir os textos, também é possível lê-los em letras maiores numa caixa que aparece no canto inferior da tela ao passar o rato sobre o texto.

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Fato cibernético facilita movimento a deficientes


HAL responde a sinais nervosos do cérebro e foi apresentado no Japão

Uma empresa japonesa apresentou esta sexta-feira um fato cibernético que representa como uma nova esperança para as pessoas que têm problemas de locomoção e para os mais idosos. A estrutura é uma espécie de esqueleto externo que responde a sinais nervosos do cérebro.

De acordo com o jornal espanhol El País, a invenção da companhia Cyberdyne reduz a necessidade de esforços físicos ao mínimo, tal como ficou patente no ministério da Ciência japonês, em que foi feita uma demonstração.

O secretário-geral do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia nipónico foi convidado pelo inventor Yoshiyuki Sangay a levantar com um braço o máximo de sacos de arroz que conseguisse. O responsável conseguiu erguer dois com dez quilos cada um, no limite das suas forças. Ao seu lado, um colaborador de Sangay, vestido com o fato, sem esforço, ergueu trinta quilos.

O inventor explicou que fato foi concebido de forma especial para pessoas com paralisia e mais idosas, que costumam ter mais problemas de locomoção. O fato cibernético foi baptizado de HAL (a sigla em inglês para Prótese Assistida Híbrida).

O HAL pode pesar entre 15 e 24 quilos, conforme for usado apenas nos membros inferiores ou em todo o corpo. Porém, este peso não é sentido pelos seus utilizadores, já que os sensores do fato intuem os movimentos através de sinais nervosos do cérebro.

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Tecnologia com aplicações que beneficiam os portadores de deficiências

Hoje em dia, são várias as tecnologias que existem, mas nem sempre adaptadas a todos. Referi-me aos deficientes invisuais, que muitas vezes encontram grandes problemas no seu dia-a-dia, mas, graças às novas tecnologias e à maior integração destes na sociedade, existem várias adaptações, nas quais destaco duas:


  • Elevador com Linguagem em Braile
O sistema Braille é um alfabeto convencional cujos caracteres se indicam por pontos em relevo, o deficiente visual distingue por meio do tacto. A partir dos seis pontos salientes, é possível fazer 63 combinações que podem representar letras simples e acentuadas, pontuações, algarismos, sinais algébricos e notas musicais.

Nos dias de hoje, vê-se este tipo de linguagem ligada aos botões de um elevador, dos diferentes andares de um prédio.


  • Caixas multibanco com Linguagem em Braile
É mais uma aplicação desta linguagem para os incapacitados visuais. Nos dias que correm, todos os invisuais podem se dirigir a uma caixa multibanco, que contenha esta aplicação, para levantar dinheiro e realizar outras operações, mas ainda existem algumas falhas no software, nada que no futuro não se corrija.

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